Torcedoras Femininas Vascão

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pulseiras do sexo devem ser proibidas. Mas em casa, pelos pais. Governos, legislativos e o Judiciário já metem o bedelho demais em nossas vidas

pulseira

Eduardo Marini

Repórter Especial do R7


Ouvi muita coisa, na minha opinião, equivocada e fora do ponto sobre essa história de violência sexual contra meninas que usavam a tal pulseira do sexo.
Inclusive de especialistas.
Nesta terça-feira (07), uma psicóloga e sexóloga afirma, na Folha de S. Paulo, que as pulseiras não devem ser proibidas, nem pelos pais nem por ninguém, porque “não são o problema, mas uma justificativa para a questão anterior, que é a falta de limites”.
Ela continua:
- A questão do estupro está muito mais relacionada com a falta de respeito em relação à mulher. Se não fosse a pulseirinha, o crime seria cometido por outro motivo.
Na minha opinião, o raciocínio da psicóloga começa certo.
Mas, talvez por receio de ter alguma opinião relacionada a uma posição conservadora, termina torto.
Deixe-me ver se entendi: as pulseiras, na cabeça de alguns desses animais, dão a senha que eles buscavam para se sentir liberados e atacar sexualmente meninas de dez, 12, 13, 14, 15 anos.
Esses trogloditas insanos querem um motivo, um pretexto, porque são trogloditas.
Bom, aí os pais, em vez de explicarem aos filhos que o custo social e individual dessa brincadeira poderá ser alto, e impedir o uso das tais pulseiras, simplesmente liberam o uso – e o risco – porque alguns animais, se as pulseiras não existissem, arrumariam outro motivo para cometer o mesmo ato neste Brasil “sem limites”?
Não. Não.
Se iremos correr o risco da violência com outras supostas senhas, é também outra preocupação.
Mas porque continaremos a ser tolerantes com esta que já nos traz problemas?
A troco de qual benefício relevante a ponto de compensar riscos desta natureza?
As pulseiras do sexo devem ser evitadas, sim.
Mas exclusivamente pelos pais.
E não por leis, legisladores, vereadores, deputados estaduais, câmara dos deputados, senado, governos municipais, estaduais ou o federal.
O Estado já mete o bedelho demais na minha vida e na de todos os brasileiros.
Tenho uma filha, ela é minha, sou o responsável por ela, serei cobrado por qualquer prejuízo social ou psicológico que ela venha a sofrer e, acima de tudo, sei orientá-la com decência.
Se não for uma atitude criminosa (e até onde sabemos usar pulseiras não é atitude criminosa), nem eu nem pai ou mãe alguma precisa do governo federal, do estadual ou do municipal para dizer que atitude devemos tomar em relação a nossos filhos.
Isso é papel dos pais.
Agora, dito isso, acho que os pais não devem deixar seus filhos de nove, dez, 12, 13 ou 14 anos usarem essas pulseiras.
Lá em casa, já conversamos: a pulseira não rola.
Sem traumas, sem problemas.
Na boa. Na conversa.
Questão absoluta de bom senso.
Possibilidade de risco e de incômodo para pouco ou nenhum benefício.
E você, amado amigo, o que pensa sobre este assunto?
Opine.

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